18 de jan. de 2008

A novidade

Com licença poética, sim, o texto de hoje é um diariozinho, umazinha reflexãozinha só(zinha)...
O portão de embarque fechou. Mãe, e agora? Vamos pra casa, ué. Toda a naturalidade, o velho estacionamento do Galeão, a mesma Linha Amarela de sempre, o céu de sempre, só um pouco desbotado.
Em casa, passei a chave, fechei a porta, abri o blog... agora volta tudo ao normal...queria que o normal fosse diferente..ops, resolução de fim-de-ano: não usar futuro do pretérito...quero que o normal seja diferente, então o faço.
Pego o copo sólido, exato, ambas as mãos...sinto que o tenho em domínio completo, e que seu futuro é mera consequência de minhas vontades. Estilhaçá-lo, Preencher seu conteúdo oco com alguma substância até que comple, complet, complete a asfixia, transbordarrr.
Sinto minha vida exata dentro do copo exato; e o copo exato, guiado pelas mãos de alguém inexato e, por isso, o resultado final é minha vida inexata.
Aonde esse alguém quer chegar? Leva-me onde quero chegar, por favor? (Aonde quero chegar?)
Quem será?
Alguns o chamam destino, outros o chamam Deus; mas, por enquanto, pelo menos por enquanto, prefiro acreditar que sou eu quem detém as mãos fechadas, e levo o copo ao peito, à boca, mato a sede. Tenho uma vida em branco, e um copo em cima da mesa; e essas pernas, que o chamam acaso, que fazem a vida inexata ser perceptível e praticável.
Enfim, sinto saudades, alegria e o chão sob meus pés.
[Cla Cavalin]

d- -b Amos Lee "Colors"

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