11 de ago. de 2007

YES! Nós temos bananas!

Banana pra dar e vender.
Pequeno prefácio entre parênteses, porque afinal de contas, tudo depende do contexto: (Todas essas aulas elucidativas e filosóficas têm me estimulado a capacidade crítica de forma que começo a sentir-me chata, assim categórica, embora politicamente incorreta como sempre. Mesmo com esse ar pedante, nao vou pedir desculpas pela simples razão de que só eu leio esta merda).
De volta as bananas, um assunto mais agradável, porque afinal de contas, a perversão é uma distorção; mas a ambigüidade, essa sim é uma dádiva.(Sem parênteses dessa vez).
Ultimamente temos discutido muito a questão da brasilidade, por cujas sociologia e sociopatia nutro algo como o fascínio. Como de costume em meio a meus afazeres matinais, comecei a discutir com o espelho o estereótipo da "criatividade" brasileira, o internacionalmente conhecido "a gente dá um jeitinho".
Negras que cuidavam do melaço e dos caprichos de sinhar com um negrinho agarrado à barra das saias; cortesãos que amavam como quem bate ponto na repartição para não desconfiar a suas senhoras; Rômanticos, Parnasianos e Pré-Modernistas, nossos pseudo-pré-socráticos, eram filósofos, congressistas, combativos, jornalistas, intelectuais e homens-comuns para além do bem e do mal.
Diferentemente do ocorrido no primeiro mundo, não foram as modernidades dos séculos XX/XXI que trouxeram o corre-corre, esta necessidade de medirmos o quão racionalizada será uma ação para que consigamos realizar as demais tarefas da agenda. Pelo contrário, brasileiros vêm, há muito, testando seus limites quanto à versatilidade, à capacidade de adaptar-se a um volume maior de afazeres. Não por coincidência, somos o único povo que consagra tal poder adaptativo carregando ainda um sorriso estampado ao rosto.
Estereótipos são, em sua maioria, quase caricaturais. No entanto, provocam o inconsciente coletivo e por isso, são manipuláveis e perigosos. Quem nunca sentiu nenhum fervilhar ao ler "O melhor do Brasil é o brasileiro", nunca teve as pupilas dilatadas ao ver imagens da Sapucaí ou de um jogo de capoeira, que atire então a última pedra. Ame-o ou deixe-o, assim do jeito que ele é.

[Cla Cavalin]

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