13 de ago. de 2007

Globo-baliza

Essa foi uma das dissertações que mais gostei. Admito que sendo a concorrência baixa, a seleção não é muito difícil...desculpem pela falta de paragrafação, o blog infelizmente não me dá essa opção...sei que desse jeito fica um pouco confuso, portanto preferi dar um espaco entre um parágrafo e outro.
Globo-baliza

O homem, por sua essência, procura buscar afinidades em comum para viver em sociedade. Formam-se, assim, grupos que compartilham, ao mesmo tempo, de uma homogeneidade externa aparente e da individualidade heterogênea de cada um de seus integrantes. Como em um hipocampo das tendências mundiais, o homem, bem como os países, busca o intercâmbio cultural e, por conseqüência, acaba deparando-se com a globalização. Positiva? Prejudicial? É possível o equilíbrio entre o globalizar e o preservar.

Antropofagia. Ainda que, hoje, no processo de globalização, o princípio primordial dessa tenha sido desviado por mecanismos de supremacia econômica, a aproximação entre os povos é necessária para que esses elaborem sua própria cultura. Enriquecidos por uma gama de elementos culturais diversos, pessoas, povos e países transitam entre valores de respeito mútuo e tolerância; o que pode vir a contribuir para a diminuição de conflitos e de políticas unilateralistas.

Submissão. Ao logo dos séculos, observa-se que as potências hegemônicas mundiais utilizam-se da dominação econômica aos demais países para impor-lhes também sua cultura. Relações desiguais que visam o benefício de organismos superiores em detrimento do de emergentes ferem ao princípio igualitário que torna a globalização uma benesse. Tal unilateralismo controverte o sistema, que torna-se seu próprio mal, num processo auto-destrutivo.

Paradoxo. Devido a posicionamentos radicais de política externa, corrompeu-se a base igualitária que asseguraria a aproximação entre os povos. Na prática, para crescermos economicamente, submetemo-nos a exigências externas que tendem a promover a aculturação, a uniformização das nações, afastando-as assim. À luz da Guerra do Iraque, percebe-se inclusive a tendência atual de uma dominação que ultrapassa os âmbitos cultural e mercantil, tangenciando até o militar e o político.

Síndrome da imunodeficiência adquirida pelo capitalismo, a globalização, em prática, desenvolve-se destruindo valores universais, comprometendo a diversidade das nações e desse modo, boicotando a si, diretamente em ataque a seus preceitos básicos. Como num jogo de balizas, o equilíbrio entre esses limites tornou-se, hoje, inconcebível.
[Cla Cavalin]

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