Até perdi o sono na aula de matemática quando li esse brilhante artigo de Roberto da Matta. Interessante o modo como ele relaciona a ideologia de grandes cineastas que morreram agora há pouco – Ingmar Bergman, Antonioni, Buñuel e Jean-Claude Carrière – ao esvaziamento de valores “de antigamente” que resistem a duras penas hoje em dia; como se os mesmos ainda representassem tal contestação. Está cada vez mais clara a distinção entre as gerações de 60/70 e as de 80/90. Tudo o que temos nesse mundo é a nostalgia, uma necessidade de preencher o peito com alguma substância que não pertença a esse mundo de vidro . Aqui está um trecho do artigo, adaptado:
“ (...) É o mal de um mundo fundado no desperdício.
Um mundo com muita informação e pouca sabedoria;
Muita moda e pouca elegância;
Muito sexo e pouca sensualidade;
Muito terminal e pouca pista;
Muita exibição e pouco espetáculo;
Muito corpo e pouca alma;
Muita bebida e pouco espírito;
Muitos casórios e poucos casamentos;
Muitas escolas e pouco ensino;
Muita ideologia e pouca revolução;
Muito charme e pouca graça;
Muita politicagem e pouca política;
Muito cacique e pouco índio;
Muito livro e pouca literatura;
Muita teoria e pouco entendimento;
Muita sujeira e pouco sabão;
Muito populismo e pouco povo;
Muita palavra e pouco sentido;
Muito ver e pouco enxergar;
Muita música e pouca melodia;
Muito brilho e pouca inteligência;
Muito falar e pouco fazer;
Muito ouvir e pouco escutar;
Muito intelectual e pouco intelecto;
E, como dizia Luis Buñuel: muita realidade e pouca imaginação...”
[Roberto daMatta]
“ (...) É o mal de um mundo fundado no desperdício.
Um mundo com muita informação e pouca sabedoria;
Muita moda e pouca elegância;
Muito sexo e pouca sensualidade;
Muito terminal e pouca pista;
Muita exibição e pouco espetáculo;
Muito corpo e pouca alma;
Muita bebida e pouco espírito;
Muitos casórios e poucos casamentos;
Muitas escolas e pouco ensino;
Muita ideologia e pouca revolução;
Muito charme e pouca graça;
Muita politicagem e pouca política;
Muito cacique e pouco índio;
Muito livro e pouca literatura;
Muita teoria e pouco entendimento;
Muita sujeira e pouco sabão;
Muito populismo e pouco povo;
Muita palavra e pouco sentido;
Muito ver e pouco enxergar;
Muita música e pouca melodia;
Muito brilho e pouca inteligência;
Muito falar e pouco fazer;
Muito ouvir e pouco escutar;
Muito intelectual e pouco intelecto;
E, como dizia Luis Buñuel: muita realidade e pouca imaginação...”
[Roberto daMatta]
4 comentários:
http://letra-e-musica.blogspot.com/
MT FODA O TEXTO...
cla... minha blog inspiradora!
=]
hauhauahu
te adoro demais muleh!
um bjaum
Pois é... Nossa sociedade está vivendo uma enorme inversão de valores! O mais inquietante é que as pessoas não parecem se importar com isso; pelo contrário, adaptam-se a essa nova "realidade"... Mas como assim?!?! Nada de adapatação - tudo bem que o ser humano é adaptável a quaisquer condições de vida, mas isso é ultrajante!!! Não podemos nos esquecer da nossa condição humana e de nossa essência!!!
Gros bisous!!!
adorei o artigo show show d bola bjs
fui eu a juju q colocou isso ai eheheh
Postar um comentário