31 de dez. de 2007

Auto-mar

Que o frio não passa
Barco algum atraca
Porto algum, tamanha solidão.

Chore não,
Nada mais é pra já.

No relento, a alma,
As horas sem perdão
Riem-se largas, leste a oeste.

Impenetráveis, insensíveis
Crueza, cada vez mais, só
Só o que salva é mesmo afundar.

Desespere não,
Há também luz no fundo;
Basta saber enxergar.

.[Cla Cavalin].

Acredito que, muitas vezes, ninguém é mais responsável do que nós mesmos no processo de criar "traumas" ou certos "contextos" que nos agridam; como quando, por exemplo, fazemos uma auto-critica negativista demais, alimentamos "sonhos" improváveis, impossíveis, especialmente se relacionado a algum senso-comum...
Esse poema, nessa mesma linha de raciocinio, o escrevi num dia triste, de solidão, e o terminei, do mesmo modo, bem pessimista.
No entanto, hoje resolvi mudar isso simplesmente porque sinto essa energia do novo ano me dizendo que ainda há como consertar certas coisas na vida, conquanto haja vida..
brindo a um novo ano.
d-.-b Doors, Blues Magoos, Cream d-.-b

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